Vai haver o dia em que ela vai sair por aí, encontrar um refúgio, respirar o ar livre, dar um grito de revolta, chorar as lágrimas impedidas, sussurrar baixinho perguntando: “porquê?”. Vai apertar as mãos em forma de desespero e respirar fundo… E nesse dia, irá limpar as lágrimas, erguer a cabeça, fechar os olhos, voltar a respirar fundo, olhar em frente, virar costas e com uma melhor esperança, regressará a casa!

Sim, ela parece feliz, não é? Parece estar bem? Parece não chorar? Não precisar?

Pois é (…) Malditas aparências!

Ela lembra-se de como foi feliz um dia… um dia… uns dias… Ela lembra-se e não há nada que dê mais saudade que lembrar-se de como foi Feliz. Ela olha no espelho e percebe que seu sorriso teve um rasgo diferente, seu olhar um brilho deslumbrante, seu rosto singelo… Cheia de vida, cheia de sonhos, cheia de objetivos, cheia de metas… Ela sabe que já teve isso tudo e também sabe que desde então, nunca mais conseguiu a mesma felicidade!