Toda a vez que alguém passa por nossa vida, deixa um rasto, deixa lembrança, uma pura lembrança do princípio, da primeira impressão.
Se esse alguém deixa de fazer parte da tua vida, deixa também marcas, desde o cheiro, o beijo, o toque… A simplicidade mais importante que só se sente verdadeiramente quando faz falta.
Como a saudade de voltar a sentir o cheiro pessoal da pessoa amada, ouvir a voz no ouvido bem baixinho, como aquele toque fazia tanta diferença, como a imagem do início fica tão presente.
Tudo muda, tudo passa e o sempre, sempre acaba, de repente a pessoa passa a viver outra história, encontra outro cenário para representar, outra vida.
Muda o cheiro, muda a voz, muda o toque, muda ou talvez seja apenas a sensação de já não conhecer, por não ser nosso, não em termos de posse, mas em termos de conquista, qual desconhecido… quando um simples gesto vai -te fazer voltar atrás num passado longínquo e vais deparar com uma ilusão passada, pois mais que qualquer outra pessoa, tu sabes que ela, age dessa forma por determinado motivo, sabes que essa pessoa mudou de rumo, mas lá no fundo é exatamente a mesma … Lá vamos nós ter de encarar que tudo o que passou não volta mais.
Lembranças ficam, permanecem, até uma outra bem forte, fazer encostar essas todas e tornar-se principal, pior é quando essa pessoa chega com novas lembranças e também se vai… Como disse, o sempre, sempre acaba, resta guardar tudo e mais tarde perceber quais as lembranças que merecem fazer com que o sono falte, com que as lágrimas queiram descer… Basta pensar se vale a pena, quem vale a pena.
A cada dia uma nova lição.
