sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O medo de uma perda!


Já te deste conta da quantidade de perdas ao longo da tua vida?
Ela já…
De facto ela pensou muito a cerca disso, e chegou a conclusão que perdeu poucas vezes, mas em cada perda, a culpa recaí-a sobre ela, e porque? Porque na verdade o maior erro cometido por cada ser humano é o medo, ele que te arrebate, deixa-te sem saída, atraiçoa-te. Na verdade poucas vezes sentiu medo, mas quando sentiu… 
Considera-se forte, personalidade vincada, não hesita na hora falar, escrever, enfrentar, não volta atrás, mas… contraria-se a ela mesma dizendo que sim, o medo tomou conta dela, pelas poucas perdas que teve.

Percebeu que o amor, faz-lhe temer, sim, diz amor, fala de algo que não se define, pois se houve amor nela, diz que só o sentiu por duas vezes, e isto porque perdeu.
Um primeiro amor, escondido a sete chaves, guardado entre palavras de um diário, entre lágrimas e músicas, nunca descoberto. Sofreu e sim temeu, temeu demasiado a opinião da pessoa amada… então, perdeu, passou, marcou, deixou de doer, mas hoje depara-se com a mesma dor, talvez mais forte, e porque? Lá está, voltou a temer… 
Era uma vez uma menina, vida de adolescente com um pulo para a vida adulta, então ela se havia apaixonado uma vez, o tempo passava e essa paixão se tornara rotina, ela na verdade jamais temeu, e se temeu, encontrou saída na primeira hipótese, no meio da rotina surge uma surpresa, uma bela surpresa, que lhe mostrara tudo o que jamais conhecia antes, apareceu alguém na vida dela que lhe faria temer pelo passado e pelo futuro, barbaridade esta, num só momento incluir duas vertentes tão distintas, esquecendo o mais valioso, o presente. Mas lá o tempo ia passando, a pessoa se tornara a cada dia uma pessoa especial, de valores, uma pessoa que mesmo na sua inocência, sabia amar, uma pessoa que transformava seu brilho interior no brilho do olhar dela, ambos os sorrisos comunicavam… Ela não havia encontrado explicação para o que estava a acontecer na vida dela, mas ela estava a adorar, então surgiu a brilhante ideia de viver o presente, fantástico, só o coração dela quase explodia de tanto amor, o olhar dela era comparado ao brilho das estrelas que ambos apreciavam no escuro da noite, sim a vida era especial com ele na vida dela… Foi então que tudo surgiu, que tudo viveram, ela não imaginava que iria temer tanto um dia… 
Certo dia cinzento, o mundo dela caiu, a calçada lisa, virou pedras no caminho, os olhos perdera o brilho, o sorriso enganador nos piores momentos, o coração, esse, jamais curado, como se tivessem arrancado um pedaço dela, que ainda hoje procura…

E o tempo, esse melhor conselheiro, foi passando, e com ele veio o medo… Ela haveria desistido, por não ter mais força de lutar, mas ela sofria em silêncio, ou então, ainda sofre… Pois o medo, como se refere em cima é o maior erro cometido. Na verdade não foi um erro só dela, pois seu coração sempre disse que o medo recai sobre o outro coração também… 
Ela teme, ela sofre, ela chora, ela espera… Espera que lhe devolvam a parte que lhe falta… E continua temendo demasiado a opinião da pessoa amada. 
E é isto que o medo faz, faz sofrer, faz perder, faz não encontrar qualquer saída, qualquer felicidade… Porque ele pode não saber, mas na verdade, ela não deixou de o amar, e afirma ter sido muito Feliz!